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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Informação:

JKA 2013 Angola Regional Gasshuku
GRANDE ESTÁGIO REGIONAL DE KARATE JKA


A JKA Angola levará a efeito de 21 à 28 de Julho, um Estágio Regional de Karate, numa organização JKA-ANGOLA com o Apoio da FAKD.

 Orientado pelos Senseis Seizo Izumya 7ºDan 
e Koishiro Okuma 6ºDan, 
Instrutores do Hombu Dojo Tokyo


O Estágio é aberto a todos os praticantes da modalidade do Estilo Shotokan. Todos os interessados deverão fazer as suas inscrições até ao dia 15 de Julho 2013. Para o efeito deverão 
fazer-se acompanhar da caderneta de registos “Life Book”, e ou, trazer o original do Certificado ou Diploma do grau actual. 


Haverá graduações até ao nível de 5ºDan e qualificações técnicas até ao nível B.


Contactos:
Senseis
 Germano Gomes (gomesggermano@hotmail.com /tel 924132393),
 João Silva (joaosilva@netangola.com / tel 912508022) e Carlos Luanda (carlosluanda69@gmail.com /tel 937934033).





segunda-feira, 6 de maio de 2013

História


JKA - Japan Karate Association

Inicialmente, a arte marcial Te ("mão") desenvolveu-se em Okinawa como um sistema de auto-defesa. Devido ao contato e intercâmbio freqüente de Okinawa com a China, é certo que a arte marcial de Okinawa foi influenciada pelo kempo chinês em algum momento durante o seu desenvolvimento.

Acredita-se que aproximadamente há 500 anos, quando a dinastia do Rei Shoha unificou a região após décadas de guerra, emitiu-se um decreto que proibia a posse de armas na ilha.

De acordo com registros convencionais, uma lei semelhante para a licitação da posse ou uso de armas foi re-emitido e executada pelo Clã Satsuma, que haviam invadido Okinawa, no início de 1600 e trouxe-a sob a regra do Shogunato japonês.

Acredita-se que neste ambiente, o Karatê desenvolveu-se como uma forma de combate sem armas para autodefesa individual e coletiva (país), era ensinada e praticada em segredo.

Depois, veio o nascimento em Okinawa (1868) do mestre Gichin Funakoshi. Ele dedicou toda sua vida à promoção dos valores da arte, e introduziu o caminho do To-Te-Jitsu no Japão, onde se espalhou por todo o país.

Aproximadamente em 1949, seus seguidores estabeleceram uma associação para a promoção do Karatê; eles a chamaram de Nihon Karate Kyokai, ou a The Japan Karate Association. Era o início da JKA.

A JKA é a única entidade juridicamente independente de Karatê e reconhecida oficialmente pelo governo japonês como uma associação de membros (Shadan HoJin) para a promoção do Karatê.

Existe apenas uma outra entidade autorizada sob a alçada da JKA: a “JKA World Federation (JKA/WF)”.

Nenhuma outra organização partilha deste status. Da mesma forma, a JKA não é dependente ou subordinada a qualquer outro grupo, organização ou entidade.

No entanto, existem casos em que a JKA por vontade própria colabora com outras organizações, em posição de igualdade.

A JKA é centralmente organizada e coordenada através do JKA Honbu Dojo (Tóquio - Japão) embora haja tanto sedes nacionais e regionais na maioria das áreas ao redor do mundo.

Forjar a Mente no Karate
Karate não é um jogo de pontos, peso ou demonstrações pomposas.
É uma arte marcial e um modo de vida que ensina o praticante como ser pacífico, mas se for inevitável o conflito, os verdadeiros ditames Karatê propõem derrubar o oponente com um só golpe.

Tal ação requer uma força, velocidade, foco e controle. Mas estes aspectos físicos são apenas parte da prática. São apenas o veículo, e não a viagem em si, ou: são apenas as ferramentas.
O verdadeiro Karatê é baseado no Bushido. No Karatê o corpo, mente e o espírito - "todo o ser" - devem ser desenvolvidos simultaneamente, de forma harmoniosa.
Através do KihonKata Kumite temos de aprender a controlar os nossos movimentos. Porém, mais importante, nós aprendermos desistir de controlá-los também.
Nós podemos executar as técnicas sem pensar sobre elas, e continuar focados sem concentrar-se em qualquer outra coisa. Na essência, o  corpo lembra-se como se movimentar e a mente e ser calma.

Esta unidade harmoniosa da mente e do corpo é intensamente poderosa.
O resultado do verdadeiro Karatê é natural, ação sem força, bem como a confiança, humildade, abertura e paz só são possíveis através da perfeita unidade da mente e do corpo. Este é o cerne do ensino Zen, a base do Bushido, e os da filosofia do Karatê JKA.
 Na JKA, dedicamos especial atenção na busca do aprimoramento da forma, de cada kihon. Por meio de treinamento intenso, nossos instrutores têm rigorosa e cientificamente analisado cada movimento, desenvolvendo um inigualável espectro de técnicas e procurando sempre um equilíbrio nessa trindade  inseparável (kihon - kata - kumite) do Karatê JKA.
Reflexões



Cultura Desportiva


A FÍSICA DOS GOLPES DE KARATE:




Recentemente, a antiga Arte Oriental do Karatê-Do ( literalmente traduzido do Japonês como “A Arte das Mãos Vazias”) ficou popular no mundo. Os Karatecas normalmente quebram tábuas, blocos e outros objetos sólidos, para demonstrar a força que o treinamento desenvolve.


Muito pode ser dito sobre a história e cultura associada à expansão desta Arte Marcial, mas este estudo – isto não é nada mais que um artigo cientifico – vai examinar a mecânica da colisão de um ataque de mão contra um objeto sólido.


1º CAPÍTULO


FORÇA, MOMENTO E ENERGIA DE DEFORMAÇÃO


Dizer que objetos maiores se movendo a uma alta velocidade atingem com mais força que objetos menores se movendo mais devagar é fácil dizer.


Na tentativa de se quebrar uma tábua, o Karateca procura atingi-la o mais forte possível. Isto quer dizer que o Karateca deve mover sua arma (ou para este estudo, sua mão) o mais rápido possível, visando atingir o mais forte possível.


Mas o que faz para que a “mão” seja forte?


Para isto existem duas respostas, ambas matematicamente corretas. A primeira observa a colisão em termos de FORÇA E MOMENTO; a segunda observa a colisão em termos de ENERGIA.




Equivalentemente, força vezes tempo é igual ao impulso. Isto é significante porque o momento é uma grandeza conservativa. Não pode ser criada nem destruída, mas passada de um objeto (a mão) para outro (a tábua).


Isto é conseqüência da terceira Lei de Newton, onde diz que se um objeto exerce uma força em outro objeto por um determinado tempo, o outro objeto exerce a mesma força no mesmo sentido, mas em direção oposta (a força é uma grandeza vetorial) pelo mesmo período de tempo e o segundo objeto ganha a mesma quantidade de momento que o primeiro perde.


O momento, portanto, é transferido. Como o impulso é uma quantidade fixa. F e T são necessariamente inversamente proporcionais. Um impulso pode ceder tanta quantidade de momento transferindo uma grande quantidade de força em um período curto de tempo como transferindo pequenas quantidades de força por períodos longos.


Porque então, o movimento da mão do Karateca deve ter a maior velocidade possível? Porque se a mão se move rapidamente, seria o mesmo que desacelerar (falando especificamente, acelerar na direção oposta à da direção do percurso) mais rapidamente em resposta a força que a tábua exerce contra a colisão, segundo a terceira Lei de Newton (ação e reação).


Se a quantidade de tempo envolvida na transferência do momento for igualmente pequena, a quantidade de força que será transferida para o alvo será alta. Esta transferência súbita de grandes quantidades de força na parte da tábua que é atingida experimenta uma forte aceleração. Se uma parte da tábua acelera mais em relação às outras partes (que estão sendo seguradas ou apoiadas), ocorre a quebra.


Este mesmo fenômeno pode ser analisado em termos de transferência de energia resultando em deformação plástica. Dado um objeto com massa m1 em repouso (a tábua) e outro objeto com massa m2 (a mão do Karateca) se movendo em alta velocidade (v) se movendo na direção do impacto e ignorando as perdas de energia devido à produção de calor e som, a quantidade de energia do sistema perdida para a deformação é dada pela fórmula: onde e é o coeficiente de restituição, que mede o quanto elástica será a colisão.


Isto determina a dureza ou maciez dos objetos que colidem, que juntamente com a velocidade determina o impulso. Se objetos duros colidem (para uma colisão inelástica), eles se acelerarão um ao outro rapidamente, transferindo uma grande quantidade de força em uma pequena quantidade de tempo, enquanto objetos macios colidem (para uma colisão perfeitamente elástica), transferem pequenas quantidades de energia de um objeto para o outro por uma grande quantidade de tempo.


A diferença entre a duração que o momento leva para ser transferido e a quantidade de força em um dado instante mostra porque socar um travesseiro com a parte macia da mão machuca menos que socar um tijolo com as juntas dos dedos (seiken).


Quanto mais velocidade a mão tiver, mais energia será transferida para a tábua. Em termos simples, se a tábua receber mais energia que sua estrutura possa suportar, ela quebrará. Mais rigorosamente analisado, a transferência de energia causará a deformação da tábua. Este processo é chamado trabalho, e trabalho é força vezes distância.


Se a área atingida da tábua for deformada uma distância suficiente, ela quebrará. Uma vez que a distância que ela se deformará, depende da quantidade de energia transferida para ela e a quantidade de energia transferida depende da velocidade da mão do Karateca, um golpe a alta velocidade provavelmente quebrará a tábua.


Autor: Jon Chananie – 1999 Universidade de Virginia